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Falar de si,daquilo que nos transborda no íntimo e nos aflinge a alma é complicado. Uma vida pode ser retratada de várias formas ou simplesmente encoberta. Mas as memórias permanecem e tudo o que fizemos, passamos, sentimos nos acompanha até o último fôlego de vida nos ser tirado e não jazem no esquecimento, porque Deus faz questão de lembrar de cada capítulo e aqueles que atuamos com outros personagens da nossa história continuam vivos neles.
Erros, acertos, vitórias, derrotas, tristezas, alegrias... Os opostos que escrevem nossa história, as lições de vida que extraímos deles.A fantástica jornada chamada VIDA. Tanto aprendemos com nossas experiências, quanto com as de outras pessoas, foi pensando nisso que resolvi compartilhar aqui as minhas... criando um espaço para rir, chorar, surpreender, refletir, sonhar, viajar. Embarque comigo! Seja bem vindo! My Blog List
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Imergindo em Mim | sexta-feira, setembro 25, 2009 |
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Poesias
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Só hoje não quero ao teu lado me deitar
Esta noite quero só para mim
Na minha solidão
Que mesmo te tendo tão perto não passa
Quero mergulhar no meu eu
Ultrapassar meu além
Girar a ampulheta
E deixar a areia do tempo fluir.
Um dia eu prometi
Não mais fugir de mim
E não me deixar por mais ninguém
Essa promessa vou cumprir
Até ao fim.
Olho para ti e te vejo parado
Inerte no tempo
Olho para mim
E a rotação é constante
E meus passos são longos
Apressados
Isso significa amor que o espaço entre nós é cada vez maior
Esta cada vez mais difícil regressar
Por que não corres até mim?
Como era no dia que nossas órbitas se chocaram
Não importa onde, como
Tem que ser agora
Tudo o que me importa não é aquilo que temos
Mas o que acreditamos
Ultrapassando aquilo que podemos ver
Então eu ando
E arrasto meus sonhos pelas costas
E quando canso
Empurro-os para frente
E quando paro, repouso sobre eles
Jogue-se comigo
Aprenda a voar
Uma asa embora curta pode te sustentar
Mesmo que por poucos minutos
Se alimente dos pequenos grandes detalhes
E aprenderás toda a essência da vida
Então suas asas serão grandes
E todos os precipícios serão meramente
Uma pedrinha abaixo dos teus pés.
Não tente me prender
Nem ouse me algemar
Ou jamais desejarás de novo amar
Meu passado é preenchido
Meu presente descoberto
E meu futuro tudo aquilo que eu puder acreditar
Portanto acredite
Ainda é tempo
Antes que eu voe com o vento
E não possa mais voltar.
Ainda estou aqui
E não me importo com nada do que possa acontecer
Desde que estejas ao meu lado
O impacto da convivência
A lei da sobrevivência
O que está ganho não está garantido
Deixe-me só
Somente esta noite
Para eu saber onde estou
E a vida que eu tinha antes
Para eu confirmar quem sou
E o quanto mais eu posso ser
Me resgatar
Sempre que minh'alma tentar de mim escapar.
(Lígia Breyer)
As Faces da minha Infância | quinta-feira, setembro 24, 2009 |
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Autobiografia
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Saindo do Casulo
Ano de 1984...piuííí,tic tic tic tic,piuííí,...o trem anda e minha concepção é consumada,talvez a trepidação tenha sido um agente importante para mamãe ter sido fecundada e diante de toda a agitação no passear pelos trilhos do Mato Grosso do Sul eis que minha vida foi iniciada.Pobres pais,mal sabiam a encrenca que arranjaram.
Minha mãe carregava-me em seu ventre com muita felicidade,a pequena tão desejada,em seu útero se formava.Chegou o grande dia,17 de abril de 1985,15:10 pm , hora tão esperada,um médico japonês arrancou-me de suas entranhas,provavelmente ele me olhou,mas juro que não me lembro de nada.E o tempo foi passando,dos seios de minha mãe me alimentei até onde ela pôde,um problema em sua mama me fez mamar em outra ama,uma mãe de leite que hoje já não sei por onde anda.Antes do meu primeiro ano subimos o mapa e na Capital Federal fomos morar,na cidade Sobradinho,muitas coisas aprendi lá.Com menos de três anos de idade minha mãe voltou a engravidar e á outra menininha deu à luz,minha irmãzinha Talita,linda,alva,de olhos azuis.Apesar da minha pouca idade ainda me lembro perfeitamente de quando fui à maternidade com meu pai e minha irmã mais velha e quando a olhei pela primeira vez no bercinho próximo ao leito de minha mãe,meu pai me ergueu porque minhas curtas pernas não me deixavam alcançar,então a fitei encantanda.
Ainda lembro do pinheiro que tinha no jardim de casa e eu tomando leite na mamadeira perto dele,o Magno nosso cão fila brasileiro que eu fazia de cavalo,morreu envenenado,coitado!...As chuvas de granizo e eu e minha irmã mais velha,Rheyka, tentando apanhar as pedrinhas de gelo para chupar,só que a danada fazia, eu ,correr para pegar.Lembro também das amizades que ali tive e os rostos me vagam na memória.Cinco anos da minha vida se passaram ali na planejada cidade de Juscelino Kubitschek e neste período lembro de viagens que fizemos.
Viajávamos sempre à uma fazenda em Goiás,íamos de carro e ainda recordo vagamente da estrada,das pontes de madeira nos precipícios enormes,a casa da fazenda,as emas caminhando livremente e eu e Rheyka tomando banho numa grande caixa de isopor.Minha mãe tentando dirigir,que desastre!As aventuras com meu pai à noite,uma cobra no meio do caminho da estrada de chão,a pescaria no rio com jacarés e meu pai como bom biólogo destemido me passava toda segurança de estar ali.Minha primeira cavalgada,montada numa égua sem cela,ai que tortura!quase me desmantela,minhas nádegas que o digam.E os jogos de cartas reunidos à mesa à luz de lampião,claro que eu não sabia jogar nada,mas ríamos,brincávamos,era de fato muito bom,tão bom que nem os anos apagaram da minha memória.
Canoas,Rio Grande do Sul,nossas viagens de férias a visitar a família do meu pai e Maria a governanta da casa dos meus tios José e Urbano sempre nos recebendo com suas guloseimas, compotas, tortas, suspiros,merengues,tudo feito por suas prendadas mãos e que me faziam arregalar os olhos,afinal,qual criança não se sente enfeitiçada com doces á sua frente?A varanda coberta de uvas verdes no qual eu me pendurava na pérgola para comê-las.Cidreira,praia de água fria,salgada e levemente castanha...casa quase de frente ao mar,tantas recordações tenho de lá!As idas às dunas de areia e o "Pelé",filho da Maria,negão alto,me levava nas costas nas subidas,descidas rolando o corpo na areia e no final um laguinho cheio de girinos.O carrinho do vendedor de rebuçados,puxa-puxa,torrone,quindim,entre muitos nomes que só recordo o sabor,hummm! Um fim de tarde inesquecível,eu,minha mãe e minhas irmãs sentadas na mureta que nos erguia a ter uma vista maravilhosa do mar,o sol quase de ponho com o tempo nublado e as baleias a nos dar um espetáculo com suas caudas a salientar alto fora da água.Os jogos de taco-ball,o cestão de embalo...saudosos momentos da minha puerícia.
Incontroláveis Desejos | sábado, setembro 19, 2009 |
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Poesias
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Talvez.
Náuseas.
(Lígia Breyer)
Despedida | sábado, setembro 19, 2009 |
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Poesias
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( Lígia Breyer)
Presente de um Poeta | sexta-feira, setembro 18, 2009 |
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Poesias
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(Paulo Matos)

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